Segundo de Primeira

Situação de Aprendizagem 8

A Independência dos Estados Unidos da América

As princípais motivações que trouxeram os ingleses para a América foram:

- Cercamentos e miséria social;

- Interesses mercantis;

- Perseguições religiosas;

- Guerras, tanto civis quanto com o estrangeiro.

Os ingleses buscavam uma nova vida na América com a esperança de conquistarem terras (o bem mais valioso da época), riquezas e liberdade. Muitos dos que se dirigiam às novas colônias não podiam pagar pelo alto preço das passagens para a América e tornaram-se servos, temporariamente, de seus financiadores, prestando-lhes anos de serviços gratuitos. Assim surgiram primeiramente as chamadas treze colônias: Massachusetts, Nova Hampshine, Nova York, Rhode Island, Connecticut, Pensilvânia, Nova Jersey, Delaware, Maryland, Virgínia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia.

Linha do tempo da colonização até a criação da primeira constituição norte-americana

1607 fundação de Jamestown: Início da colonização inglesa, organizada pela Companhia de Londres. Jamestown foi o núcleo da primeira colônia inglesa, denominada Virgínia; nesta região, foi introduzido o cultivo de tabaco e algodão em grandes propriedades rurais, por meio da exploração do trabalho de escravos africanos e com a produção voltada para exportação, ou seja, uma colônia de exploração.

1620 chegada do Mayflower (em português, literalmente flor de maio): foi o famoso navio que, em 1620, transportou os chamados Peregrinos, do porto de Southampton, Inglaterra, para o Novo Mundo. O navio chegou ao Cabo Cod, no atual estado do Massachusetts transportando 102 passageiros, na sua maioria puritanos separatistas, que procuravam liberdade religiosa, longe do poder hegemónico da Igreja Anglicana. Os Peregrinos do Mayflower foram os primeiros colonos a se estabelecer e, originando os futuros Estados Unidos da América. Fundaram aí a cidade de Plymouth, que se tornaria a capital da Colónia de Massachussets. Ali foi introduzida a policultura voltada para a subsistêmncia das famílias do local, através da existência de pequenas propriedades rurais, por meio do trabalho familiar e posteriormente assalariado, ou seja, formou-se uma colônia de povoamento.

1756-1763 Guerra dos Sete Anos: Conflito militar entre a França e seus aliados (Rússia, Áustria, Suécia e Saxônia) e a Inglaterra, aliada à Prússia pela hegemonia nas terras do novo mundo. Apesar de vitoriosa, a Inglaterra saiu da guerra muito endividada e decidiu impor novos impostos aos colonos ingleses.

1764 Lei do Açúcar: Novo imposto adicional sobre o açúcar importado pelas colônias inglesas da América do Norte de produtores não britânicos do Caribe. O melaço, produzido com o açúcar, era transformado em rum pelos comerciantes da Nova Inglaterra e trocado por escravos na costa da África. Esta atividade ficou conhecida como comércio triangular, e a nova taxa e o monopólio praticado em benefício de produtores ingleses prejudicavam os interesses dos colonos, pois aumentavam seus custos.

1765 Lei do Selo: Determinava que todos os jornais, livros e documentos publicados nas colônias deveriam pagar uma taxa, o que implicava mais despesas para os colonos. Foi revogada em 1766 por prejudicar os colonos.

1767 Atos de Townshend: Leis que criavam novas taxas de importação, um novo imposto para os colonos sobre produtos como vidro, papel e corantes, a serem pagas pelos colonos, o que resultava em mais custos para eles.

1773 Lei do Chá: Concedia à Companhia das Índias Orientais o monopólio da venda do produto nas colônias, o que prejudicava os comerciantes locais de chá pois, ficaram sendo obrigados a pagarem os altos valores exigidos pela companhia.

1773 Festa do Chá de Boston: Os colonos reagiram à Lei do Chá, com um protesto onde foram jogados no mar o carregamento de três navios da Companhia das Índias Orientais.

1774 Leis Intoleráveis: Nome dado pelos colonos às leis impostas pelo governo inglês como punição à Festa do Chá, com o fechamento do Porto de Boston, indenização à Companhia das Índias Orientais e perda da autonomia administrativa da colônia de Massachusetts.

1776 Declaração da Independência dos Estados Unidos da América: Documento, inspirado nas ideias do Iluminismo, que declarava a independência das colônias inglesas da América do Norte.

1776-1781 Guerra da Independência: Confronto militar entre os colonos, liderados por George Washington, e as tropas inglesas, com vitória dos colonos.

1783 Tratado de Paris: Reconhecimento da independência dos Estados Unidos da América pela Inglaterra.

1787 Constituição dos Estados Unidos da América: Documento que estabeleceu as regras para o funcionamento do novo país: República federativa presidencialista, com os poderes da União divididos em Executivo, Legislativo e Judiciário. Foi adotado o voto censitário e mantida a escravidão para os negros.

Revisão do conteúdo:

Assista os vídeos do excelente documentário: América - A Saga do E. U. A.

Episódio 01 - Rebeldes: A colonização dos E. U. A.

Episódio 02 - Revolução: A independência dos E. U. A.

Lição de casa

para o dia 30/08/2017



- Faça a pesquisa individual da página 66;

- Responda o você aprendeu das páginas 67 e 68.

Trabalho em grupo do 3º bimestre

A paródia sobre o Iluminismo

Data da apresentação: 16/08/2017.

Os alunos do 2º ano A (E.M.) deverão apresentar na próxima aula uma paródia sobre o Iluminismo em grupo com tempo aproximado de 10 minutos por grupo. 
O trabalho deverá ser realizado obrigatoriamente em grupo e está dividido em dois momentos:
1º momento: Entregar no papel sulfite a letra da paródia digitada com o nome de todos os componentes do grupo para o professor responsável (eu). (5 pontos).
2º momento: Um componente, ou dupla ou até mesmo todo o grupo irão apresentar a paródia. (5 pontos).
Caso precisem de multimídia me avisem antecipadamente.
O aluno que não fizer parte de nenhum grupo e portanto não apresentar o trabalho ficará automaticamente com a nota ZERO, exceto apresentação de atestado médico e possível apresentação em data posterior.
Bons estudos e bom trabalho a todos.

Situação de Aprendizagem 7

O Iluminismo (A Ilustração ou O Século das Luzes)


Definição: Este movimento filosófico surgiu na França do século XVII e se consolidou no século XVIII, o chamado Século das Luzes, e defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica que dominava a Europa desde a Idade Média, atendendo às necessidades burguesas. 

Significado do nome: Segundo os filósofos iluministas, esta forma de pensamento tinha o propósito de iluminar as trevas em que se encontrava a sociedade por meio do uso da razão para alcançar o progresso. 

O antigo regime: Era o Absolutismo Monárquico baseado no poder absoluto dos reis, no mercantilismo e na sociedade estamental (clero, nobres e trabalhadores).

A sociedade estamental: Rei (absoluto), Clero e nobreza (privilégios: possuiam terras, cargos públicos e não pagavam impostos) e os trabalhadores (não possuiam os privilégios portanto, trabalhavam e pagavam dízimos e ofertas à igreja e altos impostos ao rei).

Principais filósofos iluministas: Os principais filósofos do Iluminismo foram: John Locke que acreditava que o homem adquiria conhecimento com o passar do tempo através do empirismo; Voltaire que defendia a liberdade de pensamento e não poupava crítica a intolerância religiosa; Jean-Jacques Rousseau que defendia a ideia de um estado democrático que garanta igualdade para todos; Montesquieu que defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário; Denis Diderot e Jean Le Rond d´Alembert que juntos organizaram a primeira enciclopédia que reunia os conhecimentos e pensamentos filosóficos da época. 

Definição de progresso: avanço científico, tecnológico, econômico e social, vital para o aperfeiçoamento da condição humana. Neste contexto, podemos resumir as ideias iluministas em liberdade, igualdade e fraternidade na formação de um mundo ideal. 

O Liberalismo econômico: Ideologia de que estado não deve intervir nas relações econômicas que existem entre indivíduos, classes ou nações. 

Tal teoria surgiu no final do século XVIII, tendo em François Quesnay um dos seus principais teóricos. Quesnay afirmava que a verdadeira atividade produtiva estava inserida na agricultura. Outro pensador que contribuiu para o desenvolvimento da teoria do liberalismo econômico foi Vincent de Gournay, o qual dizia que as atividades comerciais e industriais deveriam usufruir de liberdade, para assim se desenvolverem e alcançarem a acumulação de capitais. No entanto, o principal teórico e pai da teoria do liberalismo econômico foi Adam Smith, economista escocês, confrontou as ideias de Quesnay e Gournay, afirmando em seu livro "A Riqueza das Nações" as principais ideias do liberalismo econômico que são: a prosperidade econômica e a acumulação de riquezas não são concebidas através da atividade rural e nem comercial, mas sim através do trabalho livre, sem nenhum agente regulador ou interventor, a livre concorrência e a lei da oferta e da procura. Estes teóricos foram os primeiros a tratar a economia como ciência. 

A história em quadrinhos

O Iluminismo

Situação de Aprendizagem 6 

A Revolução Inglesa

Contexto Histórico no Fim da Idade Moderna

Forma de governo predominante: Absolutismo.

Sistema comercial: Mercantilismo mediante o sistema colonial e o metalismo que gerou o enriquecimento do Estado moderno, do rei e da classe social trabalhista da burguesia.

Sociedade: Rei (absoluto, com todos os poderes em suas mãos), clero e nobreza (classes sociais que possuiam os privilégios como a isenção dos impostos e o direito à possuir bens como a propriedade por exemplo) e os trabalhadores (classe social composta pelos camponeses, trabalhadores urbanos e pela burguesia, nome dado aos comerciantes).

Luta pelo poder: O rei desejava manter-se absolutista, o clero e a nobreza desejavam manter seus privilégios, e a burguesia enriquecida desejava possuir representação política para a criação de novas leis favoráveis a sua classe social, como por exemplo, o direito à propriedade.

Iluminismo: Movimento filosófico que representou a burguesia, lutou contra o absolutismo e defendeu o direito a liberdade, a igualdade e a fraternidade.

O Caso Inglês

A Revolução Inglesa foi um dos principais acontecimentos da Idade Moderna.

A Revolução Inglesa é considerada a primeira das grandes revoluções burguesas. Com o processo da revolução, a burguesia da Inglaterra, por meio de uma guerra civil e da atuação do Parlamento, conseguiu combater o Estado absolutista e reformular a estrutura política, que culminaria em 1688 no modelo da Monarquia Parlamentarista, onde o rei deixa de ser absoluto e passa a estar abaixo das leis. Para facilitar o nosso estudo podemos dividir o processo histórico da Revolução Inglesa em quatro fases.

Antes da revolução puritana o contexto histórico era o domínio da dinastia Stuart, onde o rei Carlos I criou uma série de novos impostos e fechou o parlamento constituido pelos lords (nobres) e pelos homens comuns (burgueses), o que gerou insatisfação popular e lutas por direitos civis.

As quatro fases:

- A Revolução Puritana e a Guerra Civil, que transcorreu de 1640 a 1649, com as tropas do rei (chamadas de cavaleiros) enfrentando as tropas do parlamento (chamadas cabeças redondas, devido aos chapéus redondos que eles usavam);

- A República de Oliver Cromwell, que apesar de representar a burguesia que o apoiou teve um caráter autoritário e violento contra seus opositores e durou de 1649 a 1658;

- A Restauração da dinastia dos Stuart, com os reis absolutistas Carlos II e Jaime II, por um período longo que foi de 1660 a 1688;

- A Revolução Gloriosa, que encerrou o reinado de Jaime II e instituiu a Monarquia Parlamentarista em 1688, fortalecendo as conquistas burguesas que expandiram as estruturas capitalistas no reino Inglês.

Linha do tempo da revolução inglesa:

1603 - Morte da rainha absolutista Elizabeth I, chamada de a rainha virgem, reinou na época de ouro inglesa com grande destaque ao comércio externo devido à lei dos cercamentos e ao apoio à pirataria.

1603-1625 - Jaime I deu origem a dinastia dos Stuart. Enfrentou dificuldades financeiras, governou um grande período sem o parlamento e perseguiu os católicos radicais.

1625-1649 - Carlos I dos Stuart, tornou-se muito impopular por casar-se com uma princesa católica. Foi um governador autocrático e criador de vários impostos para tentar melhorar a situação financeira da coroa. Também gerou insatisfação entre a nobreza e a burguesia por fechar o parlamento.

1642-1648 - Guerra cívil, uma luta entre as tropas do rei Carlos I e as tropas do parlamento composta por homens financiados pelos comerciantes e também por soldados voluntários puritanos. As tropas do rei foram derrotadas e o rei foi capturado e acusado de traição.

1649 - Morte ao rei: Carlos I foi decaptado.

1649-1658 - A República de Cromwell uniu a Inglaterra, a Escócia, o País de Gales e a Irlanda sob seu governo e colocou a burguesia no poder e ficou conhecida como a Comunidade da Inglaterra. Criou uma ditadura religiosa violenta. Após sua morte, seu filho não conseguiu manter o poder.

1660-1685 - Devido ao radicalismo da República, os burgueses apoiaram a Restauração da dinastia Stuart e colocaram o rei Carlos II  e Jaime II no poder.

1685-1688 - Governo de Jaime II, este converteu-se ao catolicismo durante o exílio e ao assumir o trono tentou impor aos ingleses a sua religião. Acabou deposto durante a Revolução Gloriosa.

1688 - Ocorreu a Revolução Gloriosa organizada pelo parlamento contra o absolutismo do rei Jaime II, que ameaçado decidiu fugir para a França. Com a fuga de Jaime II foi declarado rei Guilherme de Orange, sob o título de Guilherme III. Desde então o parlamento criou a Declaração dos Direitos, o que deu origem a Monarquia Parlamentar, onde o rei deixou de ser um soberano absolutista e tornou-se um líder abaixo das leis da nação.

Neste período viveram dois importantes pensadores políticos:

Thomas Hobbes (1588-1679): Inglês, filho de um vigário, foi criado pelo tio, escreveu suas principais obras durante a queda da monarquia Stuart e a ascensão da república ditatorial de Cromwell, tornou-se um dos teóricos do absolutismo e tentando evitar a guerra civil escreveu o Leviatã com a teoria do Contrato Social onde afirmou que dois eram os impulsos humanos: o medo da morte e o desejo de poder. Sendo assim, os seres humanos, deixados à mercê das próprias paixões, seriam levados aos comportamentos mais contrários à vida em sociedade, propensos à violência, à brutalidade e mesmo ao egoísmo. Deixados livres, os homens viveriam em guerra permanente e, portanto, com insegurança e falta de perspectivas. A solução, portanto, só poderia ser a formulação de um contrato social que deixasse a autoridade em uma única pessoa, que garantisse a segurança de todos os súditos. O soberano absoluto teria a força para aplacar os egoísmos individuais e coletivos e estabeleceria a paz, trazendo segurança para todos. Segundo a teoria de Hobbes, o autocrata poderia ser um rei, mas poderia ser também um governante escolhido para governar: um ditador. O fundamento do poder não estaria na tradição, mas na conveniência de se ter um soberano absoluto, para o bem de todos.

John Locke (1632-1704):
Nasceu numa aldeia inglesa, filho de um pequeno proprietário de terras. Estudou na escola de Westminster e em Oxford, que seria seu lar por mais de 30 anos, onde escreveu suas principais obras após a queda da republica de cromwell e a ascensão da nova monarquia que foi submetida ao parlamento com a Declaração dos Direitos em 1689. Por isso a maior parte de sua obra se caracteriza pela oposição ao autoritarismo, em todos os níveis: individual, político e religioso. Acreditava no uso da razão para obter a verdade e determinar a legitimidade das instituições sociais. Quando Locke escreveu os "Dois Tratados sobre o Governo", a sua principal obra de filosofia política, tinha como objetivo contestar a doutrina do direito divino dos reis e do absolutismo real e também pretendia criar uma teoria que conciliasse a liberdade dos cidadãos com a manutenção da ordem política. Para o pensador inglês, o que dá direito à propriedade (uma clara influência do pensamento burguês) é o trabalho que se dedica a ela. E desde que isso não prejudique alguém, fica assegurado o direito ao fruto do trabalho. Foram essas as bases da idéia de uma sociedade sem a interferência governamental. De pesquisador a secretário de um nobre no governo inglês, tornou-se um escritor de economia, ativista político e um revolucionário cujas idéias ocasionaram a vitória da Revolução Gloriosa, em 1688, contra o absolutismo. Afirmou que a organização das leis e do Estado devem ser feitas com o objetivo de garantir o respeito dos direitos naturais do povo: a proteção da vida, da liberdade e da propriedade de todos. Esta é a única razão de ser de um governo. Se o governante não respeita esses direitos, os governados podem derrubá-lo e substituí-lo por outro mais competente, segundo Locke. 

Vídeos:

Situação de Aprendizagem 5

O Sistema Colonial

O chamado sistema colonial desenvolveu-se na América entre os séculos XVI e XVIII. Durante este período vivíamos o Estado Moderno governado pelos reis absolutistas que possuíam um sistema econômico baseado no mercantilismo. A forma principal da política econômica mercantilista era o PACTO COLONIAL que consistia na exploração das colônias por parte das metrópoles europeias gerando o enriquecimento tanto do Estado Moderno como de sua burguesia.

O sistema colonial americano gerou dois tipos de colônias:

  • Colônias de exploração;

  • Colônias de povoamento.

Colônias de povoamento: mais presente na zona temperada da América do Norte. Eram organizações econômicas e sociais que mantinham semelhanças com os espaços de origem da Europa. Constituía-se de pequenas propriedades, produção voltada para o mercado interno, lugares mais desenvolvidos e vida urbana estruturada. A liberdade era mais valorizada, seja no aspecto econômico, religioso e de cunho da liberdade de imprensa. O trabalho era livre (muitas vezes familiar) e o desenvolvimento da indústria faziam com que houvesse boas relações com o comércio externo.

Colônias de exploração: mais presente na zona tropical da América. A agricultura era de uma única cultura voltada para a exportação e a escravidão prevalecia como forma de trabalho. Os núcleos urbanos não tinham incentivo e o mercado interno sempre dependia das metrópoles. O latifúndio (também conhecido como plantations) era uma grande propriedade rural baseada na monocultora como por exemplo podemos citar a cana de açucar ou o algodão, onde os senhores donos das propriedades tinham todo o poder nas colônias.

No caso da colonização dos ingleses na América do Norte, acabou acontecendo as duas formas de colônia. As colônias do norte e do centro foram marcadas pela característica de povoamento. Já as colônias do sul, marcadas pelas colônias de exploração. Muitas lutas sociais foram observadas nessa região.

Já na América espanhola e na América portuguesa a colonização teve apenas a característica de exploração.

A metrópole: Era o centro do sistema colonial, as metrópoles disputavam e estabeleciam áreas de influencia na América, na África e na Ásia. As metrópoles asseguravam de forma exclusiva o abastecimento das colônias fornecendo produtos manufaturados e a mão-de-obra escrava sempre com preços elevados. Por outro lado garantiam a apropriação de toda a produção colonial, sempre a preços baixos revendendo-a por preços mais altos no mercado europeu. Além disso, gravava o mundo colonial com tributos, que muitas vezes eram excessivos.

O Etnocentrismo Português

No caso do Brasil (a América Portuguesa) encontravam-se aqui presentes inúmeras tribos indígenas com hábitos e costumes muito diferentes dos portugueses. Estes, inicialmente, não se mostraram hostis, estabelecendo, com os portugueses, atividades de escambo entre os produtos aqui existentes, como o pau-brasil, em troca de presentes vindos de Portugal, constituídos por pequenos utensílios domésticos. Devido à necessidade de mão-de-obra para a extração do pau-brasil e outros recursos naturais, o colonizador português começou, aos poucos, a escravização indígena que aumentou com a construção dos engenhos de açucar desmembrando milhares de tribos existentes no território. Logo surgiram inúmeros conflitos entre os indígenas e o povo colonizador, em defesa de suas terras e contra a escravidão. De cultura desconhecida e completamente diferente dos europeus, os índios não obedeciam aos mandos dos senhores de engenho. Eles tinham sua própria religião, caçavam para sobreviver, conheciam as matas e seus segredos e não se sujeitavam a viver em cativeiro. Os indígenas brasileiros do período colonial viviam duplamente acuados: os jesuítas almejavam convertê-los ao Catolicismo e aos valores europeus, e os brancos visavam utilizá-los como mão-de-obra escrava. A Coroa Portuguesa, dividida entre a Igreja e a pressão dos senhores de engenho, deixou lacunas na legislação que proibia a escravização dos índios, cerrando os olhos para as barbáries cometidas: como as crianças que foram tiradas à força das aldeias para receberem educação nos colégios jesuítas, e as doenças exclusivas dos brancos que dizimaram milhares de índios. Entre 1554 e 1567, os índios Tupinambá lideraram uma revolta, que ficou conhecida como a Confederação dos Tamoios. Esse grupo se rebelou contra os colonizadores portugueses, envolvendo também os índios Guaianazes e Aimorés. No início, o Brasil possuía cerca de cinco milhões de índios. Hoje, essa população foi reduzida para aproximadamente 300.000 pessoas de origem indígena.

As Princípais Características dos Diferentes Sistemas Coloniais

O Trabalho Histórico e o Passado Indígena e Africano na Formação da América

A história da formação da sociedade nacional latino-americana é a história de uma longa luta pela terra. No primeiro dia, todos ouviram o grito: — Terra à vista! Mas depois houve a colonização, o bandeirismo, a busca do ouro, a escravização do índio e do negro, a economia primária exportadora, o latifúndio... Desde o primeiro dia, está em andamento a luta pela terra entre portugueses, espanhóis, ingleses, holandeses, franceses, africanos e nativos resultando nas nações atuais que compõem a América.

No Brasil, as desigualdades entre índios, negros e brancos são um dilema periodicamente reiterado, na história. O mito da democracia racial não impede que as desigualdades e os antagonismos manifestem-se por dentro e por fora das diversidades, das multiplicidades que parecem coloridas. O índio continua a lutar pela terra, cultura e modo de vida, em condições cada vez mais adversas. O negro, por seu lado, continua a lutar contra o preconceito que se manifesta em várias formas: marginalização econômica, social e cultural que apesar de poucas campanhas humanitárias, educacionais ou de fundo filantrópico, necessita de um universo social não competitivo, fruto da economia de uma sociedade que saia do plano da competição e do conflito e entre na faixa da planificação e da cooperação com o reconhecimento do valor do outro.

Na Bolívia, Equador, Guatemala, México, Paraguai e Peru, além das desigualdades regionais e outras, ressaltam as que opõem índio, mestiço e branco, compreendendo as condições sociais, culturais, econômicas e políticas que diversificam, classificam e antagonizam. É como se toda uma larga história, desde os tempos coloniais, estivesse sintetizada no presente. O que ocorre na Guatemala ocorre no Peru, naturalmente em outros termos. "As comunidades ainda isoladas de índios, não conhecem do Peru senão a bandeira. Não sabem sequer pronunciar o nome da pátria; o universo termina para eles nos limites do distrito; não conheciam nem conhecem, quase todas elas, o nome da província, muito menos o do departamento. 'Bandera piruana!', sim, sabem dizer. E procuram proteger-se com ela das incursões dos fazendeiros, das autoridades políticas, dos policiais. E a agitam quando se sentem felizes." 

O Haiti era originalmente ocupado pelos índios arauaques quando, em 1492, Cristóvão Colombo chegou à ilha. Os espanhóis batizaram o lugar de Hispaniola, ocupando, primeiramente, a porção oriental do território. Escravizaram os índios que ali vivam, e até o final do século XVI, a população nativa foi reduzida em quase toda sua totalidade. Em 1697, através da assinatura do Tratado de Ryswick envolvendo Espanha e França, a parte ocidental da ilha, onde atualmente fica o Haiti, foi cedida à França, recebendo o nome de Saint Domingue, sendo a mais importante possessão francesa nas Américas, onde ocorreu o cultivo de açúcar com a utilização de mão de obra escrava africana. Porém, os escravos africanos, influenciados pela Revolução Francesa, rebelaram-se em 1791, liderados pelo ex-escravo Toussaint L'Ouverture e tornaram-se a primeira nação livre da América.

Nos história dos E.U.A. que em termos sociais foi constituído por brancos, negros, hispânicos e indígenas, perpetuou-se o domínio europeu e a segregação racial pois, suas leis de forma geral sempre favoreceram os colonizadores. O reflexo desta dominação se reflete na sua atual situação econômica onde o quadro é o seguinte: em média, uma família branca ganha dois terços a mais e tem uma riqueza doze vezes maior do que uma família negra. Metade dos hispânicos e quase dois terços dos negros não possuem ativos financeiros e há regiões destinadas a   habitação de somente uma etnia segregada das demais etnias que compõem a nação.

A Colonização do Interior do Brasil

A - Região Amazônica: Devido ao Tratado de Tordesilhas esta região a princípio pertencia a metrópole espanhola. A Região que vivia em harmonia com os indígenas, seus primeiros habitantes, passou a ser ocupada pelos jesuítas portugueses impedindo o avanço de outras metrópoles como a Inglaterra e a Holanda. Com o domínio territorial assegurado, Portugal passou a investir na extração de produtos naturais como a castanha e o cacau destinados a exportação. Esta região foi assegurada como território português pelo Tratado de Madrid em 1750.

B - Vale do rio São Francisco: A região teve difícil domínio devido a grande presença indígena. Em 1522, o primeiro donatário da capitania de Pernambuco, o português Duarte Coelho, fundou nas margens do rio São Francisco a cidade de Penedo, em Alagoas e com a autorização da coroa portuguesa, em 1543 começou a criação de gado nesta região. Essa atividade econômica marcou a história do vale do São Francisco que chegou a ser chamado de " Rio-dos-Currais" por este motivo.
C - Interior de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso: Denominam-se bandeirantes os sertanistas de São Paulo, que, a partir do início do século XVI, penetraram nos sertões brasileiros em busca de riquezas minerais, sobretudo a prata, abundante na América espanhola, indígenas para escravização ou extermínio de quilombos. No século XVII, houve a descoberta de metais preciosos. O estímulo à busca do ouro não ocorreu por acaso. Vários fatores concorreram para isso: a crise econômica portuguesa, a queda do preço do açúcar por causa da concorrência da produção das Antilhas holandesas, o esgotamento das minas da América espanhola, o que gerou profunda crise monetária na Europa. O ouro foi encontrado simultaneamente em vários locais das áreas hoje ocupadas por Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Como resultado disso, várias vilas foram fundadas por gente que vinha de outros pontos da Colônia, e até da Metrópole, e se estabelecia na região central. No século XVIII, as minas de ouro, prata e diamantes deram a Portugal um novo período de prosperidade. Em 1763, o centro administrativo da colônia - que era em Salvador - foi transferido para a cidade do Rio de Janeiro, porto mais próximo da região mineradora. E ficou claro o predomínio dessa região sobre o Nordeste açucareiro, que passava por grave crise em sua produção, sem contudo desativá-la.
D - Pampas gaúchos: Em um primeiro momento esta região foi marcada pela criação de gados e pela ocupação dos jesuítas e bandeirantes. Posteriormente houve a imigração de povos europeus motivada pela necessidade de povoar a região, garantindo a posse do território, ameaçada pelos vizinhos castelhanos. Além disso outro objetivo da busca de imigrantes era recrutar soldados mercenários para reforçar o exército do Brasil recém independente.

Material de apoio ao aluno:

Após a leitura e análise do texto, responda as atividades das páginas 41 a 43.

Semelhanças Entre Colônias Inglesas e Portuguesas

Quando comparamos a colonização portuguesa com a colonização inglesa coma intenção de encontrarmos semelhanças devemos voltar os nossos olhos para o sul dos Estados Unidos. Assim como no Brasil a colonização do sul dos Estados Unidos teve a sua realização motivada pela exploração. Por este motivo foram implantadas as plantations (latifundios), ou seja, grandes propriedades rurais, com produção de um único produto (monocultura), voltado para a exportação, com a utilização de mão de obra escrava africana.

Comparando as Colônias Portuguesas e Espanholas

Sabemos que nos dois casos houve a implantação de colônias de exploração. As atividades agrárias e mineradoras se constituiram na base das exportações e para isso foi utilizada a mão-de-obra escrava. As duas metrópoles seguiram as diretrizes meercantilistas para suas colônias, porém enquanto na América espanhola predominou a mão de obra indígena, na América portuguesa foi predominante o uso do escravo africano. Apesar dos missionários católicos condenarem o uso da força e proporem a conversão religiosa dos povos indígenas, na América espanhola tivemos três formas de trabalhos forçados aos índios:

- A escravidão foi a primeira forma de trabalho até a lei de Burgos proibí-la em 1512.

- A encomienda foi criada como solução para a questão do trabalho na colônia, onde o trabalhador indígena recebia proteção, abrigo e catequização em troca de seus serviços.

- Por fim surgiu o repartimento, baseado na mita dos povos incas. Nesta forma de trabalho os indígenas passaram a ser escalados por sorteio para uma temporada de serviços compulsórios onde recebiam uma baixa compensação salarial pelo trabalho desenvolvido nas minas.

Já na América portuguesa os donatários, nome dado aos proprietários das Capitanias Hereditárias, tinham o poder de subdividir as suas terras em pequenos lotes, chamando-as assim de sesmarias, entre parentes ou pessoas de boa procedência, dispostos a colaborar com o andamento da povoação, a abertura de caminhos e o desenvolvimento da agricultura.

Os Espanhóis e a Questão Indígena

Diferente da América portuguesa, na América encontrada pelos espanhóis havia grandes impérios indígenas e dentro das relações sociais destes impérios já havia formas de trabalho forçado como a mita criada pelos Incas. Porém, no contexto espanhol existia discordância entre colonizadores e missionários sobre a sujeição dos povos indígenas mediante o uso da força. Apesar de não conseguirem salvar os índios da cobiça dos colonizadores espanhóis, os padres condenavam o uso da força e propunham a conversão religiosa dos povos indígenas.

A Política de Branqueamento

Em meados do século XIX (1853) o Conde francês Joseph Arthur de Gobineau publicou seu "Essai sur l'inégalité des races humaines" (Ensaio Sobre a Desigualdade das Raças Humanas) que é tido como manual do racismo moderno, e que deflagrou a era do chamado RACISMO CIENTÍFICO, cujas idéias culminaram com a tese nazista-fascista da superioridade ariana, acontece que GOBINEAU foi Ministro da França no Brasil e "conselheiro" de D. Pedro II, Gobineau via o Brasil como um país "sem futuro" devido a grande quantidades de pretos e miscigenados, defendia que o país precisava "branquear" (se livrar dos negros). As ídéias racistas de Gobineau fizeram escola mundo afora e aqui influenciaram a vários autores e a intelectualidade de fins do séc. XIX início do XX, entre eles Artur Ramos, Nina-Rodrigues, como destaques e atingindo inclusive escritores renomados com Euclides da Cunha e Monteiro Lobato. Todo este movimento de intelectuais racistas aliados a políticos idem em fins do séc. XIX conduziram à POLÍTICA NACIONAL DE EMBRANQUECIMENTO, com a imigração européia (e secundariamente japonesa) massiva e uma abolição da escravidão feita de forma a empurrar os negros para as margens da sociedade, mantendo-os em condições de extrema pobreza até que se extinguissem devido a mortalidade infantil, desnutrição, doenças, mazelas sociais e também através das sucessivas miscigenações ou seja, até que os negros desaparecessem por completo do cenário nacional..., não deu certo..., alguns autores chegaram a prever que em 70 anos não haveria mais negros no Brasil, o racismo científico manteve-se hegemônico até os anos 30, mas o reflexo e tais idéias racistas continuaram influenciando políticas oficiais discriminatórias por um bom tempo.

Juarez C. da Silva Jr (autor de A Política de Branqueamento)

Revisão

Veja a aula do canal Vestibulando Digital.

Situação de Aprendizagem 4  

A Interação Cultural

Material de apoio ao aluno:

Após fazer a pesquisa das páginas 28 e 29, leia o texto abaixo e responda as atividades das páginas 30 a 33.

Quando falamos dos encontros entre os europeus e as civilizações da América e da África podemos deduzir que houve um estranhamento de ambas as partes, devido a estes povos terem culturas completamente diferentes. A partir desta aproximação tivemos como resultado a imposição cultural europeia devido a dominação do europeu sobre os demais povos. Se a interação cultural tivesse sido diferente será que poderia ter ocorrido outros resultados? 

Porém quando pensamos no expansionismo português não podemos esquecer das suas motivações que foram a expansão de novas rotas comerciais e a dominação de novas terras para a formação de colônias. Da mesma forma os espanhóis expandiram novas rotas marítimas, descobriram novas terras, dominaram e catequizaram os índios utilizando a força de seus valores culturais exterminando os valores indígenas. Os desdobramentos desses encontros entre os europeus e os demais povos fizeram com que muitos africanos, asiáticos e americanos tivessem que reorganizar a sua maneira de viver, o que implicou uma nova configuração da cultura anteriormente existente, transformada pela presença dos europeus e de seus valores.

No fragmento de texto do historiador Marc Ferro temos as seguintes citações, "ele entoava um hino imperialista à glória dos ingleses cujos os esforços superavam os de seus rivais franceses, espanhóis e outros" e "Essa convicção e essa missão significam que, no fundo, os outros eram julgados como representantes de uma cultura inferior, e cabia aos ingleses, 'vanguarda' da raça branca, educa-los, formá-los... portanto os colonizadores ingleses acreditavam-se superiores tanto aos povos conquistados como aos demais colonizadores. 

Situação de Aprendizagem 4

 As Grandes Navegações

Durante os séculos XV e XVI, os europeus, principalmente portugueses, espanhóis e ingleses lançaram-se nos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico com dois objetivos principais: descobrir uma nova rota marítima para as Índias e encontrar novas terras.

No século XV, os países europeus que quisessem comprar especiarias (pimenta, açafrão, gengibre, canela e outros temperos e remédios) tinham que recorrer aos comerciantes de Veneza ou Gênova, que possuíam o monopólio destes produtos pois, dominavam as rotas marítimas do Mar Mediterrâneo e cobravam preços exorbitantes por estas mercadorias. 

Encontrar um novo caminho para as Índias era uma tarefa difícil, porém muito desejada e assim Portugal e Espanha lançaram-se ao mar para também poderem lucrar com este interessante comércio.

Outro fator importante, que estimulou as navegações nesta época, era a necessidade dos europeus de conquistarem novas terras, a partir do momento que soube-se da existência das mesmas. Eles queriam isso para poder obter matérias-primas, metais preciosos e produtos não encontrados na Europa. Até mesmo a Igreja Católica estava interessada neste empreendimento, pois, significaria novos fiéis.

Os reis financiaram grande parte dos empreendimentos marítimos, pois com o aumento do comércio, poderiam também aumentar a arrecadação de impostos para os seus reinos. Mais dinheiro (acumulo de riquezas) significaria mais poder para os reis absolutistas da época.

O Pioneirismo português

Portugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI devido as condições favoráveis: Além da localização geográfica privilegiada, os portugueses possuíam grande experiência em navegações como por exemplo na pesca de bacalhau, as caravelas eram embarcações muito mais leves e mais rápidas, os portugueses também possuíam uma quantidade significativa de investimentos de capital vindos da burguesia e também da nobreza interessadas nos lucros que este negócio poderia gerar, além da preocupação com os estudos náuticos: que deu origem A Escola de Sagres, que funcionava em uma antiga fortaleza.

O Imaginário Europeu

Navegar nos séculos XV e XVI era uma tarefa muito arriscada, principalmente quando se tratava de mares desconhecidos. Era muito comum o medo gerado pela falta de conhecimento e pela imaginação da época. Muitos acreditavam que o Mar Tenebroso (atual Oceano Atlântico) pudesse ser habitado por monstros, enquanto outros tinham uma visão da terra como algo plano e, portanto, ao navegar para o "fim" a caravela poderia cair num grande abismo. Para vencer este imaginário participaram das viagens marinheiros, soldados, padres, ajudantes, médicos e o escrivão que tinha a função de anotar tudo o que acontecia durantes as viagens e suas descobertas para informar as novas ao rei.

Algumas das Principais Navegações Ibéricas:

As princípais viagens descritas no mapa foram realizadas por Cristovão Colombo, Bartolomeu Dias, Pedro Álvares Cabral, Vasco da Gama e Fernão de Magalhães.

As Navegações Portuguesas

No ano de 1488, o português Bartolomeu Dias tornou-se o primeiro navegador a chegar até o Cabo das Tormentas, atual Boa Esperança, ao sul da África;

No ano de 1498, Portugal realiza uma das mais importantes navegações: é a chegada das caravelas, comandadas por Vasco da Gama às Índias; O seu retorno em 1499 trouxe um carregamento que superou em 60 vezes o custo desta expedição.

Outro importante feito foi a chegada das caravelas de Pedro Álvares Cabral ao litoral brasileiro, em abril de 1500. Após fazer um reconhecimento da terra "descoberta", Cabral continuou o percurso em direção às Índias.

Em função destes acontecimentos, Portugal tornou-se a principal potência econômica da época.

As Navegações Espanholas

A Espanha também se destacou nas conquistas marítimas deste período, tornando-se, ao lado de Portugal, uma grande potência. Em 1492, as caravelas espanholas partiram rumo ao oriente navegando pelo Mar Tenebroso. O navegador genovês Cristovão Colombo navegando pela bandeira espanhola chegou até o novo mundo (a América) achando ter encontrado uma nova rota para as Índias; Foi somente anos mais tarde que o navegador Américo Vespúcio identificou aquelas terras como sendo um continente ainda não conhecido pelos europeus e assim estas terras acabarão por receber o seu nome. Esta descoberta colocou em contato os índios da América (maias, incas e astecas) com os espanhóis que começaram um processo de exploração destes povos, interessados na grande quantidade de ouro existente na América (o metalismo mercantilista).

As Interações Culturais Entre os Povos

As motivações que levaram os povos europeus a saírem de suas terras e se aventurarem em um novo e desconhecido mundo foram: 

- Encontrar novas rotas comerciais para o oriente; 

- Encontrar novas terras (as colônias), em busca de ouro e metais preciosos (o metalismo).

Mas, a partir das grandes navegações como foram os encontros destes povos europeus com os demais povos que viviam na África, Ásia e na Quarta Parte (o Novo Mundo, a atual América)?

As Interações Entre os Europeus e os Africanos

O centro e o sul da África, a chamada África Subsaariana, somente entraram no mapa europeu com as grandes navegações e a criação das feitorias, pequenas fortificações usadas para o abastecimento de comidas e bebidas para os navios portugueses e posteriormente para a venda de escravos. Houve desde então um estranhamento cultural e um processo de domínio europeu onde a superioridade da cultura ocidental foi uma ideologia internalizada pelos próprios colonizadores, sobretudo as elites dominantes nacionais. Dentro desta visão a elite dominante representa o estágio mais avançados do desenvolvimento humano. E é nesse contexto que as culturas dos povos dominados são retratadas como arcaicas. A cultura africana foi considerada a mais primitiva ou arcaica de todas as demais encontradas. Espantados e preocupados ficaram os conquistadores europeus ao entrarem em contanto com povos desconhecidos de tonalidades escuras, salvo-conduto que: Os nativos também ficaram espantados com homens de cor branca. Os ocidentais a princípio pensaram que seriam uma tinta de cor preta sobre seus corpos, ao depararem com homens seminus, pintados e com adereços, flechas ou lanças nas mãos e olhares cautelosos. Na realidade eram povos de costumas diferentes, cada tribo com sua particularidade, que só a eles concerniam: caçavam, pescavam, tinham combatentes internos, tinham governos, constituíam famílias, viviam em sociedades e tinham tradições culturais distintas do europeu. Esta formação africana foi suprimida pelo etnocentrismo europeu, onde prevaleceu a "cultura" européia, onde os valores morais, rituais, religiosos e políticos africanos, foram em parte substituídos durante a missão civilizatória do homem branco e o povo africano tornou-se na realidade nada mais que mão de obra escrava nas lavouras e casas dos senhores "civilizados".

As Interações Entre os Europeus e os Asiáticos

A Ásia entrou no imaginário europeu principalmente a partir das viagens de Marco Polo (1254-1324), mercador de Veneza, que relata reinos longínquos e terras fascinantes com incontáveis tesouros. Porém uma maior interação somente foi possível com as grandes navegações do séc. XV. Foi com a descoberta de um caminho marítimo para a Ásia, através do perímetro africano, pelos portugueses que se intensificou os contatos entre os europeus e alguns povos asiáticos. Ao conhecer essas sociedades, muitas vezes os europeus se surpreendiam com aspectos da sua cultura, mas o eurocentrismo, colocava esse conhecimento como um saber do passado, estático e morto. Veja este relato de uma das cartas à Vossa Ateza "Estamos convencidos de que somos os homens mais astutos que se pode encontrar, e o povo aqui nos ultrapassa em tudo [...] Fazem melhores contas de memória do que nós, e parece que nos são superiores em inúmeras coisas, exceto com a espada na mão, a que eles não conseguem resistir. Em 1510, os portugueses conquistaram a cidade de Goa, na costa oeste da Índia, e aí instalaram uma feitoria onde eram armazenadas e comercializadas as mercadorias.

As Interações Entre os Europeus e os Americanos

Vamos começar a analisar trechos de importantes cartas:

A Carta de Pero Vaz de Caminha: (...) A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixar de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência. Os cabelos deles são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta antes do que sobrepente, de boa grandeza, rapados todavia por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte, na parte detrás, uma espécie de cabeleira, de penas de ave amarela, que seria do comprimento de um coto, mui basta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as orelhas. Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências. (...)

O Diário de Cristóvão Colombo: (...) e foi deslumbrante ver o arvoredo, o frescor das folhagens, a água cristalina, as aves e a amenidade do clima. Vontade tenho de não mais sair daqui. E, para descrever aos Reis as coisas que vi, não bastariam mil línguas ou mil mãos para escrever, pois parecíamos encantados (...) e logo apareceu gente nua e todos que vi eram jovens, muito bem-feitos; os cabelos grossos como crinas de cavalo (...) e se pintam de preto e vermelho e são da cor dos canários, nem negros nem brancos. Não andam com armas, que nem conhecem, pois, lhes mostrei espadas que pegaram pelo fio e se cortaram, por ignorância, sorrindo encantados para nossos guizos e miçangas. (...)

As Cartas de Américo Vespúcio: (...) Achamos toda a terra habitada por gente nua, tanto os homens como as mulheres, sem cobrir suas vergonhas. São de corpo bem feito e proporcionado, de cor branca e cabelos longos e negros, pouca ou nenhuma barba. (...) Não têm nem lei nem fé alguma, vivem segundo a natureza, não conhecem a imortalidade da alma. Não possuem consigo bens próprios, pois tudo é comum. Não têm fronteiras de reinos ou províncias; não têm rei, nem obedecem a ninguém: cada qual é senhor de si mesmo. (...) Dormem em redes tecidas de algodão, deitados em céu aberto, sem qualquer coberta. Comem sentados no chão; as suas comidas são muitas raízes, ervas e frutas muito saborosas, peixes sem limite, grande abundância de frutos do mar, ouriços, caranguejos, ostras, lagostas, camarões e muitos outros produtos do mar.(...)

Averiguamos nos documentos que tanto espanhóis como portugueses ao expandirem novas rotas marítimas desejavam e por isso colonizaram e catequizaram os ameríndios utilizando a força dos seus valores culturais, o que praticamente exterminou ao longo do tempo as culturas dos povos ameríndios americanos.

Portanto podemos concluir que o encontro entre o português e os indianos permitiu a criação de uma nova rota comercial para as Índias. Já os encontros na América e na África tiveram em comum o estranhamento entre culturas e a dominação do homem branco sobre o outro, pois, a partir destes documentos vemos claramente a visão eurocêntrica baseada na superioridade do homem europeu civilizado, contemplativo e religioso, perante aqueles povos que eles chamaram de incivilizados, inocentes, selvagens ou sem expectativas. Ainda hoje podemos encontrar esta visão de mundo presente em nossa sociedade pois, ao longo da história este olhar trouxe a construção e o desenvolvimento do racismo e da violência racial, o que se por um lado não impediu a miscigenação racial e cultural, por outro lado ainda hoje provoca a desigualdade social e o desrespeito a muitos dos direitos humanos.

Para refletirmos: Será que precisava ser assim? Que outros resultados poderiam ter ocorrido com esses encontros? 

A Divisão das Terras

Dois tratados dividiram o mundo, ao menos na teoria, entre as potências ibéricas:

- Tratado de Tordesilhas;

- Tratado de Zaragoza.

Outros importantes povos 

Outros países que aventuraram-se no novo mundo com destaque foram:

- Os franceses dominaram as regiões do atual Canadá e ilhas da América Central;

- Os ingleses que firmaram o suas colônias na América do Norte;

- Os holandeses estiveram em pontos da América do Norte, Caribe e Brasil.

Resumo sobre As Grandes Navegações

A História em Quadrinhos

Expandindo o seu conhecimento!

A Viagem de Cristovão Colombo

Assista a animação Grandes Personagens da História Volume 1 - Cristovão Colombo e tenha uma boa aventura pelo Mar Tenebroso!

Revisão e fixação do conteúdo:

Assista a vídeo aula com o professor Renato Pellizzari:   

Situação de Aprendizagem 3

O Absolutismo Monárquico

Absolutismo Monárquico é o momento da história entre os séculos XV ao XVIII, em que o rei passou a ter a centralização do poder político em suas mãos, ou seja, o monarca passou a ser absoluto e assumiu o topo da hierarquia social.

Princípais causas do Absolutismo Monárquico:

Aliança do rei com a burguesia que desejava a padronização monetária, protecionismo e o enfraquecimento da nobreza feudal.

A Reforma Protestante como resultado da decadência da Igreja Romana.

O Renascimento que trouxe um novo imaginário para a vida humana no fim da Idade Média ao questionar o poder universal (a igreja).

O surgimento dos Teóricos do Absolutismo.

Os teóricos do absolutismo europeu foram homens que desenvolveram teorias com objetivo de legitimar a centralização de poder político nas mãos dos reis.

Jacques Bossuet que escreveu A Política Tirada das Santas Escrituras e Jean Bodin que escreveu Da República defendiam a teoria do Direito Divino dos Reis. Esta teoria afirma que o rei era um homem escolhido por Deus para esta função a quem seus súditos deviam total obediência ao seu monarca e portanto, ir contra o rei era ir contra a vontade do próprio Deus. Jean Bodin também afirmava que esse poder do rei era delimitado pelas leis divinas e naturais.

Thomas Hobbes escreveu O Leviatã onde defendeu O Contrato ao afirmar que o homem em seu estado natural é egoísta e causa prejuízo à sociedade gerando a necessidade de um soberano absoluto que mantenha os direitos dos indivíduos.

Nicolau Maquiavel escreveu O Príncipe onde defendeu a Secularização da Política subordinando o cidadão ao estado afirmando que os fins justificam os meios adotados pelo soberano.

Sociedade Absolustista:

Rei: Absouluto, ou seja, acima dos estados.

Primeiro-estado: Clero.

Segundo-estado: Nobreza.

Terceiro-estado: Trabalhadores (burgueses, sans-culotes e camponeses).

As nações e seus monarcas absolutistas

Em 1835 Portugal tornou-se a primeiro estado moderno como resultado da Guerra da Reconquista e o poder político centralizado teve maior vigor nas mãos de D. João I que consolidou a independência portuguesa ao derrotar definitivamente o reino de Castella e formar uma aliança com a monárquia inglesa ao casar-se com Filipa, filha do Duque de Lencastre.  O seu processo absolutista baseou-se na expansão ultramarina e nos privilégios concedidos ao clero e a nobreza.

Já a Espanha se consolidou em 1492 com a expulsão definitiva dos povos mouros da península Ibérica, o fim da guerra da Reconquista, sob a liderança absoluta dos reis Fernão II de Aragão e Isabela de Castella, os chamados reis católicos apoiaram a Igreja incondicionalmente instalando a inquisição e as missões jesuítas em suas colônias.

Na Inglaterra o apogeu do absolutismo se deu com Henrique VIII que rompeu com o catolicismo, dominou as terras da igreja, tornou-se o chefe da Igreja Anglicana através do Ato de Supremacia e com a rainha Elizabeth I, a sanguinária,  que consolidou o Anglicanismo e perseguiu católicos e protestantes, apoiou a Lei dos Cercamentos, a pirataria marítima, desenvolveu o comércio de manufaturas e venceu a incrível armada espanhola.

Na França tivemos o esplendor máximo do absolutismo na pessoa de Luís XIV, o chamado Rei-sol que afirma ser a luz que iluminava a França. Luís XIV, convicto do direito divino dos reis, submeteu a burguesia mercantil e nobreza feudal ao seu poder através de vários decretos afirmando: O Estado sou Eu!

O absolutismo monárquico trouxe mudanças à Europa com a criação do Estado moderno que possuía as seguintes características:

- Território definido, idioma nacional, legislação definida, sistema tributário, o exército nacional, e o funcionarismo público com os burocratas e os militares, porém o rei controlava as leis, a justiça com o Tribunal Real e o comércio com o mercantilismo.  

Resumo sobre a política Absolutista

Atividade para nota!

Pesquisa biográfica.

Faça uma biográfia em folha de almaço sobre Luís XIV, o explendor máximo do absolutismo europeu.

A biográfia deve conter:

- Data e local de nascimento;

- Breve relato do período da sua infância;

- Princípais acontecimentos do seu reinado;

- Citação de frases marcantes atribuídas ao rei Luís XIV.

- Data e local do seu falecimento.

Obs. Cada item fale 2 pontos. Total da nota: 10 pontos.

Data de entrega: 03/05/2017.

Revisão e fixação do conteúdo:

Assita a vídeo aula com o professor Dimas: 

Material de auxílio ao aluno

Caderno do aluno (apostila páginas 18 a 25)

O Príncipe 

Nicolau Maquiavel nasceu na península Itálica, na cidade de Florença, em 3 de maio de 1469. Filho de pais pobres, Maquiavel desde cedo se interessou pelos estudos. Tornou-se um importante historiador, diplomata, poeta, músico, filósofo e político durante o governo de Lourenço de Médici. Sua educação, porém, foi fraca quando comparada com a educação de outros humanistas, devido aos poucos recursos de sua família. Nicolau Maquiavel morreu aos 58 anos de idade na mesma cidade em que nasceu, em 21 de junho de 1527.

A obra mais importante e famosa de Nicolau Maquiavel foi escrita em 1513 e chama-se o Príncipe. A concepção política de seu livro baseia-se na natureza do ser humano para explicitar o pragmatismo, ou seja, naturalmente a prática leva o ser humano ao conhecimento da verdade. A importância de O Príncipe, está no ensino de como os reis deviam governar e manter o poder absoluto, mesmo que seja necessário utilizar forças militares para alcançar tal objetivo e assim possibilitar a existência do Estado Nacional. Esse livro que sugere a famosa expressão: "os fins justificam os meios", transmite a ideia de que não importa o que o governante faça em seus domínios, tudo é válido para manter-se como autoridade. Ou seja, os reis precisam estar acima da ética e da moral dominante para realizar os seus planos dentro de um sistema político que exalta o poder pelo temor ao mesmo tempo que rejeita qualquer sistema político que busque o poder pelo amor, ou seja, pela fidelidade sentimental. Ainda sobre o poder e o dinheiro Maquiavel ressaltou a avidez e a busca pela riqueza como motivadores do comportamento humano e portanto, determinantes na vida política. É importante entendermos que esta obra tentava resgatar o sentimento patriota do povo italiano, e foi escrita no contexto da península Itálica do séc. XVI que estava sofrendo por não estar unificada com constantes guerras e invasões estrangeiras, com monarquias locais frágeis ao comparar-se com os novos Estados Nacionais governados por reis absolutistas da Inglaterra ou da Espanha por exemplo. Portanto para Maquiavel a solução ideal para os problemas da península Itálica era a unificação com a formação do Estado Nacional e para isso fazia-se necessário o rei absolutista.

A Utopia 

Thomas Morus (ou Thomas More) nasceu em 7 de fevereiro de 1478 na Cidade de Londres (Inglaterra). Ele foi homem de estado, diplomata, escritor, advogado e homem de leis que ocupou vários cargos públicos, e em especial podemos destacar que de 1529 a 1532 ocupou, de forma breve, o cargo de "Lord Chanceler" do rei Henrique VIII da Inglaterra. Foi assassinado em 6 de julho de 1535, no mesmo local onde nasceu a mandato do rei Henrique VIII por ter sido acusado de traição.

Thomas Morus passou à história universal como autor da "Utopia", onde o significado do nome da ilha foi escolhido por U significar não e TOPIA significar lugar, ou seja, lugar que não existe. Esta obra foi publicada em 1516, onde o autor criou um reino-ilha imaginário cuja sociedade funcionava de modo justo e perfeito, onde as principais características da ilha são a vida familiar, a ausência da política econômica do metalismo (valor excessivo atribuído ao ouro), a divisão espacial e do trabalho de forma justa para todos e boas relações entre o príncipe e a população. Utopia tornou-se uma palavra comum do vocabulário universal para designar sociedades ou ideias perfeitas e impossíveis de serem alcançadas.

Na verdade A Utopia é uma obra semelhante a realidade pois critíca à sociedade inglesa de sua época ao questionar o abuso de poder do rei absoluto, a falta de tolerância, e as doenças causadas pela falta de hábitos saudáveis e pela falta de saneamento urbano na Inglaterra de sua época.

Sobre o poder e o dinheiro Morus criticou o absolutismo devido à ganância insáciavel pelo poder que era alimentada pela obtenção de cada vez mais dinheiro (na forma de metais como o ouro e a prata). Dentro do contexto Inglês do séc. XVI Morus também atacou a pessoa e o poder absoluto do rei ao citar os conflitos religiosos existentes na Inglaterra, as disputas pelo trono real e a conturbada vida política e amorosa de Henrique VIII, que o levou a ser execultado.

A Utopia acabou por tornar-se em sua época um mito muito próximo de vários outros mitos da mentalidade medieval como a Fonte da Juventude popular em toda a Europa que afirmava que aquele homem que a encontrasse poderia obter cura para todas as doenças e assim obteria a vida eterna; O Reino de Preste João, mito português que fala de um pescador desaparecido em uma de suas pescarias que acabou fundando um reino cristão perfeito em uma terra distante; e a Cocanha também popular em diversas regiões da Europa ao falar de uma terra de abundância e prazeres ilimitados como por exemplo os seus rios de vinho onde, o ser humano vive somente para o prazer. Portanto se fizermos uma comparação da ilha Utopia com a Cocanha, podemos afirmar que a Utopia é um modelo social estruturado e funcional tendo como base o humanismo renascentista, ao passo que a Cocanha é uma sociedade livre, desregrada e extremamente ligada ao prazer, e portanto muito longe da realidade. Para aprofundar os seus conhecimentos e reforçar a viabilidade da Utopia, perceba que a ilha é circular representando a perfeição do local; Os seus castelos estão dispostos de forma circular e distantes uns dos outros trazendo ao leitor a ideia de igualdade, e por fim a organização espacial dos castelos reflete os ideais de organização, paz e união desfrutados por todos os habitantes da ilha. 

Conclusão

Se formos comparar o pensamento de Nicolau Maquiavel e Tomas Morus no que se refere ao pragmatismo e à aplicabilidade de suas idéias podemos afirmar que Maquiavel é pragmático, porém, antiético na busca pela concretização de seu objetivo ao apoiar o Absolutismo Monarquico para assim, conseguir a formação do Estado Nacional italiano, enquanto, Morus é fabuloso ao criar uma sociedade impossível de existir na vida real em sua critica ao absolutismo monarquico inglês.

O Absolutismo Monárquico esteve em vigor na Europa desde o século XV até o século XVIII chegando ao século XIX em algumas regiões tendo como princípais características a concentração do poder nas mãos do rei tanto na política, na econômia, na sociedade e até mesmo na religião de seus súditos.

Observações:

Ao lado: Imagem da ilha Utopia (atividade da pág. 22).

Abaixo: O Alfabeto Utopiano (atividade da pág. 23). 

"Aquele que ama a instrução, ama o conhecimento (Provérbios 12.1a)"  

Situação de Aprendizagem 2

As indulgências e os Protestantes

Ao longo da história da igreja sempre houve grandes divisões entre os grupos de cristãos! Um bom exemplo disso foi a cisma no catolicismo que ocorreu no século XI e separou a Igreja Católica Romana da Igreja Ortodoxa.

A partir do século XV vários clérigos (homens da igreja que estudavam profundamente a Bíblia) começaram a enxergar a corrupção na maneira de viver apoiada pela Igreja Católica Romana e criticaram principalmente a falta de moral dos membros do clero, ou seja, a prática da vida de  forma diferente do ensino falado; A simonia, ou seja, a venda de relíquias cristãs (em sua maioria objetos falsificados); E a venda de Indulgências, ou seja, o perdão dos pecados (a salvação da alma do pecador concedida através de um pagamento).

Definição conceitual: A Reforma Protestante foi o movimento de caráter religioso iniciado no século XVI que tentou reformar a conduta e algumas crenças da Igreja Católica, mas, que terminou com vários cismas e a formação de novos grupos cristãos.

Obs.: Importante entendermos que não houve apenas uma Reforma Protestante mas, várias reformas protestantes sendo cada uma delas em um lugar da Europa como por exemplo na Alemanha, na Inglaterra, na Suíça, na Holanda e na França dentre outros lugares.

Os precursores da Reforma Protestante:

João Wycliff (1325-1384) pregava o confisco dos bens da Igreja, o voto de pobreza por parte dos membros do clero e uma retomada das Sagradas Escrituras como única fonte da fé. João Huss (1372-1415) pregava contra o domínio do império e da igreja que exploravam o povo da Boemia e Jerônimo Savonarola (1452-1498) pregava a favor da pureza moral e contra os males causados pelo príncipe e pela igreja. Além de muitos outros grupos que se separaram definitivamente do catolicismo (e por isso não são reformadores protestantes) e viveram na clandestinidade reunindo-se em casas e grutas como os Valdenses, por exemplo.

Portanto os precursores viveram uma época de muita violência, baixa expectativa de vida, contrastes e desigualdades sociais e econômicas além de questionamento da ordem vigente: As chamadas trevas medievais!

Os eventos e a mentalidade que influenciaram a Reforma Protestante no século XVI.

Contexto Histórico do início da Idade Moderna:

- Declínio do mundo feudal com o renascimento do comércio e da vida urbana gerando uma nova camada social: a burguesia. Esta por sua vez desejava a usura (empréstimo de dinheiro à juros) e obter lucros no comércio, foram as primeiras práticas capitalistas duramente condenadas pelo clero: a igreja;

- O Absolutismo Monárquico, ou seja, a centralização do poder político nas mãos dos reis, tirou o domínio do estado das mãos da igreja, o que gerou conflitos entre os reis e o clero que possuia muitas terras principalmente na Alemanha e Inglaterra; 

- Os camponeses também não estavam satisfeitos com a igreja pois, nos bispados e nos mosteiros os abades e bispos viviam à custa desses trabalhadores.

- O Renascimento cultural e científico trouxe novas perspectivas que mudaram a forma de pensar e viver no decorrer da Idade Moderna.

- Falta de moral dentro da própria igreja com a venda de cargos, desrespeito ao celibato clerical, prática da venda de indulgências e da simonia.

Os reformadores:

A Reforma Luterana (Alemanha)

Martinho Lutero (1483-1546): Nasceu em Eisleben (Alemanha), tornou-se um monge agostiniano e mais tarde professor de teologia na universidade de Wittenberg.

Um importante episódio que mudaria a sua vida foi sua visita a Roma quando se deparou com um clero imoral, pagamento de indulgencias e penitências! Mais tarde o Papa Leão X autorizou a venda de indulgências em todos os reinos cristãos para arrecadar fundos para obras no vaticano e quando o dominicano Tetzel foi vender indulgências em Wittemberg, Lutero, profundo estudioso da questão, pronunciou-se contrário a esta ação: Lutero afirmou que o perdão dos pecados era concedido somente pela fé na obra de Cristo que pagou todos os pecados da humanidade ao morrer na cruz do Calvário e que portanto era inútil a compra do perdão! O resultado desta oposição foram as 95 teses quando Lutero afixou na porta da Igreja da cidade, em 31 de outubro de 1517, os 95 pontos importantes que precisavam ser reformados, ou seja, consertados, no catolicismo. Por isso, Lutero foi acusado de heresia e chamado a Roma, mas recusou-se a ir e manteve suas posições. Em 1519, participou de um debate onde afirmou que o "infalível" Papa podia errar. Em 1520, recebeu uma "Bula papal" para retratar-se ou seria automaticamente excomungado. Lutero, estudantes e professores da faculdade de Wittemberg queimaram a Bula em praça pública o que terminou com a sua excomunhão do Catolicismo. Lutero ainda escreveu livros contendo sua tese reformadora e tornou-se popular e notório em toda a Europa. Em 1521, na Dieta de Worms, Lutero sofreu um julgamento diante do clero e da nobreza alemã onde reafirmou suas ideias e falou sua famosa frase: "Se eu for convencido por alguém segundo as escrituras que estou errado, eu mesmo nego tudo o que disse  e destruo os livros que escrevi más, se não me provarem que estou errado eu não posso negar minha fé", e por fim precisou se refugiar no castelo de Wartburg sob proteção de um príncipe-eleitor. Ali Lutero traduziu a Bíblia para o alemão e a Reforma Luterana se espalhou rapidamente, com o apoio de vários principados alemães, por todo o sacro Império. Em 1529 nobres luteranos defenderam que cada reino tivesse liberdade para praticar sua própria fé diante do imperador. Era a origem da igreja Luterana, ou seja, da futura igreja oficial da Alemanha.

Principais doutrinas defendidas por Lutero: Salvação pela fé em oposição à salvação pelas obras, a bíblia como única fonte de fé em oposição aos clérigos como fonte da doutrina cristã, e livre sacerdócio e livre interpretação da bíblia contra o abuso dos sacerdotes vigentes.

A Reforma Calvinista (Suíça)

João Calvino (1509-1564): francês de Noyon, cidade onde estudou teologia e direito, aderiu às ideias dos protestantes e sofreu duras consequencias por isso. Foi considerado herege e perseguido tendo que fugir para Genebra, na Suíça. Esta cidade se tornou um grande centro do protestantismo e preparou líderes para toda a Europa, além de abrigar muitos refugiados das guerras religiosas entre católicos e protestantes. As ideias de Calvino foram bem recebidas também pela burguesia, que desejava maior lucro comercial, uma vez que não condenava o lucro e afirmava que salvação dependia de Deus e não das obras humanas.

Principais doutrinas defendidas por Calvino: As pessoas estão predestinadas ao céu ou ao inferno pelo próprio Deus, condenação do jogo, condenação do culto às imagens de santos, concenação das danças e da luxúria e a busca pela fé baseada nos cinco solas: somente a fé, somente as escrituras (a infalibilidade das Escrituras Sagradas como autoridade), somente Cristo, somente a graça e somente dai glória a Deus.

A Reforma Anglicana (Inglaterra)

Na Inglaterra a Reforma Protestante ocorreu com a atuação de refugiados que voltaram de Genebra após a perseguição católica. O estopim da reforma foi o caso do rei Henrique VIII (1491-1547), um importante aliado do papa, chamado de o defensor da fé, que acabou rompendo com o catolicismo para poder divorciar-se da princesa Catarina de Aragão que não lhe dera um herdeiro homem e casar-se com sua amante Ana Bolena. Outro interesse do rei Henrique VIII era a confiscar as terras da Igreja Católica para diminuir o seu poder. Henrique VIII através do Ato de Supremacia tornou-se então o chefe supremo da Igreja Anglicana e praticamente manteve as mesmas práticas católicas, até que seu sucessor Eduardo VI (1547-1553) e seus tutores implantaram a Reforma no país sintetizando as doutrinas luteranas, calvinistas e católicas em uma única doutrina anglicana, e no reinado de Elisabeth I, a Inglaterra tornou-se oficialmente protestante, dando a Igreja Anglicana o título definitivo de Igreja Oficial da Inglaterra.

Conclusão: Na verdade, muitos destes protestantes não queriam inovar ou criar novas igrejas mas, desejavam apenas restaurar antigas verdades bíblicas que a Igreja havia esquecido ou trocado por suas tradições humanas. Outros homens como reis, burqueses e camponeses viram na Reforma uma oporortunidade da concretização de seus desejos pessoais.

Outros grupos reformados importantes foram os Huguenotes na França, os Presbiterianos na Escócia e os Puritanos na Inglaterra dentre outros mais.

A Contrarreforma ou Reforma Católica

Definição conceitual: A Contrarreforma foi a reação da Igreja Católica Apostólica Romana à Reforma Protestante.

Insatisfeita com a perda de reinos e fiéis ao protestantismo e ao separatismo, a Igreja Romana em 1540 aprovou a Ordem dos Jesuítas sobre o comando do militar espanhol Inácio de Loyola. Estes ficaram conhecidos como os soldados da Igreja e tinham basicamente duas missões: combater os protestantes e catequisar os não cristãos convertendo-os ao catolicismo antes que fossem alcançados pelos protestantes.

Em 1545, o papa Paulo III convocou um concílio na cidade de Trento na península Itálica.

Um concílio é uma reunião de clérigos, membros importantes da igreja para descutirem e decidirem sobre assuntos pertinentes a igreja. Em 1563, após anos de trabalho, no chamado Concílio de Trento ficou decidido pelos clérigos católicos a reafirmação de suas doutrinas como os sete sacramentos, a infalibilidade papal, a necessidade do sacerdote católico como único capaz de interpretar corretamente a bíblia, a salvação pela fé e pelas obras, e a tradição do sacerdócio papal como sucessor dos apóstolos. Foi ratificado ainda a necessidade de seminários e da criação do catecismo para o ensino do catolicismo à população cristã.

Além da parte doutrinária vista acima, os tribunais da Inquisição que foram criados em 1231 para investigar e punir crimes contra a fé católica também voltaram a ser estimulados pelo Concílio de Trento e criou-se uma lista de livros cuja a leitura estava proibida, a chamada Index Librotum Prohibitorum, em português lista de livros proibidos, contendo muitos dos livros dos reformadores e muitos dos livros dos filósofos renascentistas. Além disso a Inquisição ficou conhecida por usar a tortura para conseguir a confissão dos acusados de cometerem crimes contra o catolicismo, o que gerou muitas mortes violentas e guerras entre católicos e protestantes cuja a mais famosa ficou conhecida como a Noite de São Bartolomeu ocorrida na França entre católicos e huguenotes.

Resumo sobre a Reforma Protestante

A História em Quadrinhos

Resumo sobre a Contrarreforma

A História em Quadrinhos

Revisão e fixação do conteúdo:

vídeos


Assista o filme Lutero:


Professor! É para nota?

SIM!!!

Aviso!! Fique atento às datas!!

Devido a reunião de pais e mestres a nova data para a entrega das pesquisas na folha de almaço e das atividades no caderno do aluno (apostila) é 26/04/2017).

Na próxima aula, quarta-feira (19/04/2017), todos os alunos deverão trazer o caderno do aluno (apostila) com as atividades sobre a Reforma e Contrarreforma respondidas.

As pesquisas da página 15 deverão ser entregues individualmente em uma única folha de almaço:

Primeira atividade: As biográfias de São Benedito, Santo Inácio de Loyola e João Calvino contendo a atuação destes homens dentro de suas religiões.

Segunda atividade: Os conflitos entre católicos e protestantes: reponda as questões a, b e c.

Dúvidas? Pergunte!  https://www.facebook.com/lourival.carvalho.52687 

"Aquele que ama a instrução, ama o conhecimento (Provérbios 12.1a)"

Situação de Aprendizagem 1

O Renascimento

Localizações medievais no mapa:

Península Ibérica - Guerra da Reconquista;

Região da Gália - Feudalismo;

Península Itálica - Renascimento.

As cidades da Península Itálica  como Florença e Veneza foram o berço do Renascimento porque havia grande desenvolvimento comercial e urbano, a ação dos Mecenas, a presença dos sábios bizantinos que fugiram da queda de Constantinopla e por ser a sede do antigo Império Romano preservou-se muito da cultura clássica (Greco-romana) nestas cidades.

O Renascimento Cultural e Científico

O Renascimento foi um período da história da Europa entre os séculos XIV e XVI que marcou a fase de transição dos valores e das tradições medievais para um mundo totalmente novo (capitalista), em muitas áreas humanas como a ciência, a filosofia e as artes. 

Esta importante etapa histórica que predominou no Ocidente, principalmente na Itália. Deste norte cultural o Renascimento se propagou pela Europa, especialmente pela Inglaterra, Alemanha, Holanda e com menos ênfase em Portugal e na Espanha.

O mecenas foi importantíssimo para o renascimento, este geralmente era um burguês rico, em alguns casos nobres ou clérigos, que patrocinava as obras e os estudos dos artistas e cientistas renascentistas.

Idéias principais na filosofia:

Humanismo - Filosofia que valorizava um saber crítico voltado para um maior conhecimento do homem e uma cultura capaz de desenvolver as potencialidades da condição humana.

Hedonismo - teoria que afirma que o prazer é o bem supremo da vida humana.

Racionalismo - uso da razão para o conhecimento da verdade.

Empirismo - busca do conhecimento pela experiência.

Individualismo - teoria que afirma a liberdade do indivíduo frente a um grupo social.

Otimismo - disposição de ver sempre o lado positivo das coisas.

Universalismo - busca pelo conhecimento universal.

Classicismo - valorização do mundo antigo como padrão estético.

Antropocentrismo - o homem como o centro da criação.

Valores medievais combatidos pelo Renascimento:

O Teocentrismo, o autoritarismo católico, a falta de importância da vida material, o conformismo pois a realidade é a vontade de Deus, a natureza como fonte de pecado e a vida simples e afastada dos prazeres e desejos.  

Princípais cientistas:

Miguel de Servet - desenvolveu a dissecação de cadáveres, consiste, no estudo da Anatomia, na abertura e/sou separação de organismos mortos, com o objetivo de estudar diferentes orgãos ou outras peças anatómicas. 

Nicolau Copérnico - heliocentrismo, ou seja, o sol é o centro do universo.

Galileu Galilei - comprovou o heliocentrismo.

Leonardo da Vinci - descobriu como funciona o avião, o submarino, o moinho de vento e a roda d'água.

A arte renascentista: valorizou os aspectos culturais, do homem e da natureza, e esteve voltada essencialmente para a retomada dos modelos clássicos greco-romano baseada no formalismo naturalista, racionalismo e hedonismo.

Leonardo da Vinci - Considerado um dos maiores gênios da história da humanidade, Leonardo da Vinci foi pintor, escultor, engenheiro, cientista, escritor e inventor italiano. De suas obras destacam-se: "Última Ceia" (Santa Ceia) e "A Gioconda" (ou Monalisa). 

Michelangelo Buonarroti -Pintor, escultor e arquiteto italiano, Michelangelo nasceu na cidade de Caprese, região da Toscana. Sua maior obra foi a pintura da abóboda da "Capela Sistina", na Catedral de São Pedro, em Roma destacando-se "O Juízo Final". Na escultura, suas obras mais representativas foram: "Pietá" e a "Escultura de Davi".

Rafael Sanzio - Pintor italiano nascido na cidade de Urbino, inovou as técnicas de pintura, ao utilizar contrastes de luzes e sombras. Ficou conhecido por suas diversas "Madonas" (mãe de Jesus).

Donatello - pintor e escultor italiano do período que introduziu novas técnicas artísticas ao utilizar diferentes materiais para compor suas esculturas, tal qual, mármore, bronze e madeira. Seus trabalhos mais representativos são: a escultura de "São Marcos", em Florença, e "Gattamelata", na cidade de Pádua.

Na Literatura Renascentista o período do Renascimento foi denominado de Classicismo que representava uma escrita voltada para os modelos clássicos, e daí surge seu nome.

Dante Alighieri: escritor italiano, autor da "Divina Comédia".

Willian Shakespeare: poeta e dramaturgo inglês, autor de "Romeu e Julieta" e "Hamlet".

Miguel de Cervantes: poeta, romancista e dramaturgo espanhol, autor de "Dom Quixote de la Mancha".

Luís de Camões: poeta português, autor de "Os Lusíadas".

Michel de Montaigne: escritor e filósofo francês, autor de "Ensaios".

Nicolau Maquiavel: poeta e historiador italiano, autor de "O Príncipe"

François de Rabelais: escritor e padre francês, autor de "Pantagruel e Gargântua".

Erasmo de Roterdã: escritor e teólogo neerlandês, autor de "Elogio da Loucura".

Conclusão: Através da busca pelo modelo clássico, o Renascimento acobou revelando ao homem um mundo ainda desconhecido, que ia muito além do que os gregos e romanos conheciam ou podiam imaginar...

Confronto entre as visões de mundo

Medieval x Renascentista

Resumo sobre o Renascimento

A História em Quadrinhos

Copie as questões e reponda no seu caderno!

Exercícios de compreensão e fixação do conteúdo.

  • O que foi o Renascimento?
  • Quais os países europeus em que floresceu o Renascimento?
  • Quem era o mecenas?
  • Quais os princípais ideais do Renascimento?
  • Quais valores foram combatidos pelo Renascimento?
  • Quais foram os princípais cientistas e suas obras durante o Renascimento?
  • Quais os padrões seguidos pela arte renascentista?
  • Quais os principais artistas e suas obras renascentistas?
  • Quais os principais escritores e suas obras renascentistas?
Para entender melhor: pesquise o significado das palavras que você não conhece no texto

                                       pesquise o que foi o trecento, o quattrocento e o cinquecento.

Material de auxílio ao Aluno

Responda as questões sobre o Renascimento no caderno do aluno (pág. 5 à 11).

1 - Mapa T no O (Orbis Terrarum - séc. XIII). Observe que este mapa típico da Idade Média não contém todos os continentes hoje conhecidos, o autor não preocupou-se com a formalismo naturalista, ou seja, as formas naturais dos continentes e há muitos aspectos religiosos presentes como a localização de Jerusalém, do paraíso e dos filhos de Noé: Sem, Jafé e Cão. 2 - Mapa da Mesopotâmia. A partir da localização destes importantes rios (Tigre e Eufrates) na Ásia, observe a relação estabelecida entre os rios e o cristianismo medieval no mapa T no O. 3 - Mapa de Henricus Martellus (1489 - séc. XV ).  Elabore o texto pedido na pesquisa da página 8 em seu caderno. 4 - Xilogravura de Albrecht Durer. A figura demonstra o artísta utilizando a arte da mimética, ou seja a reprodução da imagem exatamente como o olho humano a vê. 

Revisão:

Vídeo-aula com o professor Hilário Xavier do canal Tudo É História:

"Aquele que ama a instrução, ama o conhecimento (Provérbios 12.1a)"


Crie seu site grátis! Este site foi criado com Webnode. Crie um grátis para você também! Comece agora
Utilizamos cookies para permitir o funcionamento adequado e a segurança do site, e para oferecer a você a melhor experiência de usuário possível.

Configurações avançadas

Personalize suas preferências em relação aos cookies aqui. Ative ou desative as seguintes categorias e salve sua seleção.